17 de nov. de 2006

Tão futil... tola. quero ouvir assim pelo telefone: "beijo, te amo". quero calor. quero quero quero...
daí, estou andando acompanhada SOZINHA, porque esse não é alguém que diz "beijo, te amo" pelo telefone.
mas eu tô enganchada - me perco de qualquer música ao me agarrar ridiculamente à partitura.
daí, dias e dias sem ouvir nem ver direito, a não ser minhas idéias que se disfarçam de realidade.
Ao despedir-me, decepcionada (como tantas vezes ultimamente), me encaminho para o trajeto ordinário e olho o fim do dia, contemplativa. Contemplo, então, combinações de luzes de cores que inesperadamente me convidam pra sair do trajeto. Caminho sozinha entrando por ruas que nunca vi, intuindo que sigo na direção certa. Daí que a fachada das casas, o movimento das pessoas fechando as portas do comércio, a menina passeando com a cachorro, o cara bebendo ceveja, a barbearia cheia de velhinhos me chamam de novo "ei! conjugue no presente" . Caminho, sozinha ACOMPANHADA de mim mesma, parece que retorno pra mim mesma - ando, ando, ando.
ESTAR PRESENTE - presença auspiciosa, com cada célula de mim pulsando, ao falar, andar, rir, chorar.
Nossa, parece que tem dias que desaprendo de fazer companhia pra mim mesma, dissociada de mim.
adoraria destrinchar esse estado, já que me distancia de coisas que amo nessa vida.
pra poder falar, andar, rir, chorar de verdade. COM VOCÊ, COMIGO TAMBÉM.

Um comentário:

Anônimo disse...

Querida, às vezes um "beijo, te amo" é muito bom.
Mas não é tudo. Com isso ou sem, o vazio permanece. Só muda de lugar.
Beijo!